segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Regabofe

Em 1910,um grande jantar agitou renomado hotel parisiense.E cem anos depois,o que acontece?
No mesmo local, repetem ponto por ponto,ou melhor,petit-pois exatos,idênticos_
o cardápio,sem tirar nem pôr,a título comemorativo.
Passo todos os dias na porta de Roberta Sudbrack,quero dizer,no restaurante que leva seu nome.E nada,nem um papo de anjo me despertaria o interesse de entrar.Por que?
Sim,me pergunto porquê.Não tenho apelo gustativo,o que se há de fazer.Sei que lançou um livro de comida para cachorro.Mas nem assim desperta minha simpatia.Cozinheira de Brasília.E continuei impassível.
Insisti, cá comigo, pensei em convidar as crianças e um ou outro amiguinho.Desisti.
Num programa vespertino,apresentou-se a cozinha de R.S._
Observei num canto várias estatuetas de santos,inclusive um preto velho e um copo d'água.Nada tenho contra temas religiosos.Ao contrário,tirando as comidas rituais,aprecio-os muito.
Mas o pitoresco não ficou nisso.
Mais adiante Roberta sorriu.Gargalhou.E pasmem_Não tinha dentes na fileira de trás.Não vou mais.A saúde bucal é tudo. Açúcar em excesso provoca cáries.Não entro.
Prefiro pastilhas Valda.
Seu farmacêutico responsável, inclusive, estendeu seus interesses ao ramo confeiteiro.Não me arrisco com novidades.As pastilhas foram criadas em 1902.

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