Histórias extraordinárias III,ou A Revolta dos Malês ou dos escravos de Allah

Segunda feira passada,dia 25,uma querida consulente não veio à consulta,choveu muito,inclusive,mas ainda não sei o que houve. O fato é que nesse dia desejara ir à Lapa,mais exatamente `a igreja de Nossa Senhora do Desterro ou Do Divino Espírito Santo,que fica no Largo da Lapa,número 11;
para acender velas em prece .
Tudo começou quando,
um dia ,precisei ir áquela região e entrei na pequena igreja. E conheci uma igrejinha feiosinha, descaracterizada por erros lamentáveis-vitrôs tampados ou cantaria substituída por gesso pintado grosseiramente. Mas
durante um ano ou mais voltei à ela semanalmente .Era absolutamente imprescindível.
O encanto é que quando entrei senti um tempo parado há séculos,mas ainda não é dizer bem - fui capturada por uma certa atmosfera. Havia um sentimento ,e nobreza,e verdade, e outras religiões misturadas,uma alma riquíssima estava ali.
Nos mármores e pisos vi negros como árabes,negros muçulmanos, toda a cultura árabe nas manchas.(Depois soube que Dom Pedro II tinha aquela igrejinha como preferida e era patrono de lá.Inclusive existe um belo retrato dele num lugar quase escondido.Ele e a família imperial costumavam sentar-se no banco da frente ).
Mas como na música do "post" anterior , "Já é madrugada... é de manhã... não sei mais de nada ...é de manhã... Por verdade, lhes digo , pesquisem "A revolta dos Malês",(25 de Janeiro de 1835),Salvador. Que estejam iluminados.