domingo, 17 de janeiro de 2010

D. Irene


Conheço um restaurante de culinária russa, em Teresópolis, chamado D. Irene. Mas como tenho uma espécie de anestesia crônica na língua, confesso que o que mais me chamou atenção, e que preservo como gentil lembrança, foi a maneira como meu anfitrião, com a arte de um mágico, ou do artesão das bonequinhas Babuska, me divertia o olhar com seus apontamentos. Olhe a louça, veja o frango à Kiev.
E aparecia um fumegante calor aromático; percebi que o laticínio da receita viria daquela simpática embalagem
vermelha do premiado queijo Catupiry.
E ainda além, percebi também que não sabia nada sobre a gloriosa história do principado de Kiev, e menos sobre a Revolução Russa.
Preocupada, voltei pensando na leveza necessária para se saborear em paz uma agradabilíssima refeição e um pacífico passeio.
Para o D. Irene, uma constelação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário