Cão ,cão

Bem humorada,fui em direção á banca na qual há tempos encontro um pequeníssimo cãozinho branco de educação irretocável, sabe seu papel sem titubear,só atravessa quando o sinal fecha, não late na hora errada, coloca-se como um guardião- bibelô do jornaleiro.
De tempos em tempos o casal dono da tal banca compartilha alguma observação trivial_ costumam viajar,os filhos moram na Europa, pessoas cultivadas etc. Pois disse-lhes que ganhara um cachorrinho, minha Margarida. E que encanto, queria complementar a frase.
Mas não tive tempo,o descompasso da conversa foi total,não me deixaram expressar meu amor e gratidão pela vira-lata, odiavam o própio cachorro . A fofura alva foi emporcalhada por acusações de estorvo, abacaxi, impedimento disso ou daquilo, e que eu devolvesse já o tal presente de grego.
Concordei imediatamente para encerrar o espinhoso assunto e voltei decidida a dar voltas no quarteirão com chuva, ou sem chuva ,fazer o que fosse preciso para encontrar mais Margaridas pelo caminho.