Ano passado,Lalá esbaforida,chegava de Paris.Estava em obras,(como estou),não queria ir ao carnaval da praça;mas fui.Poeira e balanços infantis,escorregas,cervejadas,a mínima graça,e me espremendo com melados de multidão em Ciro Gomes e Patrícia Pillar,ela recém saída da ótima novela do excelente João Emanuel Carneiro Leão;A Favorita.
Mas o fato é que hoje voltei,na mesma data,à mesma praça,no passeio do Pet.
Não havia nada a não ser um cenário mortiço de borrachudos e árvores de sombras excessivas.
Mas reparando melhor,havia sim um pai e duas ciranças.Ele fechava os olhos,as crianças desapareciam, ele contava até dez,vinte,e ficava com olhos de águia na gávea á cata dos dois.
E pensei é assim que me sinto.As crianças voam,amam,viajam,brigam,passeiam,nunca sei bem lá aonde,e em casa ,fico contando os minutos,até respirar triunfante,ah,achei.Chegaram.
Quanto aos volteios do mundo ,da política,tudo me parece desimportante ou engraçado,um bloco carnavalesco.
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